sábado, 30 de abril de 2016

Acara do Congo




O aquário: 
Natural de rios com água corrente, cristalina e coberto de pedras, o Acara do Congo gosta de aquários com pedras grandes, formando uma espécie de toca, que servirá de abrigo ou de casa. O cascalho a ser usado deve ser fino, pois gostam de cavar buracos no cascalho formando sua própria decoração. Plantas são totalmente desaconselháveis porque além de arrancarem elas quando reviram o cascalho, apreciam alimento com base vegetal, e essas plantas poderiam virar alimento.

Alimentação: 
Onívoro, aceita todo tipo de ração industrializada, porém, dê preferência às rações paletizadas próprias para ciclídeos americanos. Uma ração com base vegetal também é importante para suprir suas necessidades nutricionais. Pedaços de fígado ou camarão podem ser usados na sua alimentação, porém devem ser lavados e cozidos antes. Aprecia muito alimentos vivos como tenébrios, besouros do amendoim e minhoca, pois além de um alto valor nutricional, adoram ficar caçando o alimento.

Comportamento: 
Fora do período de reprodução, o macho é mais agressivo do que a fêmea, mas durante o período de reprodução o cenário muda e tanto o macho quanto a fêmea tornam-se agressivos e não permitem que nada se aproxime dos filhotes. (Em uma TPA, o macho investia constantemente contra minha mão, até eu tirar a mão de lá). São peixes muito ativos, nadando ativamente no aquário e construindo a decoração de acordo com seu gosto. São peixes extremamente territorialistas, não perdoando quem tenta invadir seu território. Não aconselho manter um casal em um aquário comunitário, pois ficarão extremamente estressados em tentar defender sua cria de outros peixes, Caso opte por manter assim que os filhotes nascerem convém retirar imediatamente os filhotes para um aquário somente para eles.

Diferenciação sexual: 
O macho é bem maior do que a fêmea e tem como característica um calo no meio da testa. É mais agressivo e, portanto marca uma zona de território maior. As fêmeas por sua vez são menos agressivas e podem até tolerar umas as outras. Uma curiosidade é que são mais coloridas do que o macho, algo raro em peixes ornamentais. Possuem uma coloração alaranjada que vai da barriga até a nadadeira dorsal. Essa coloração vai se intensificando conforme o passar dos anos. Na época de reprodução essa coloração praticamente desaparece, voltando a ficar novamente intensa quando a fêmea está pronta para uma nova reprodução.

Variações: 
Os Acarás do Congo são divididos em três variedades: Selvagem, mármore e albino (apesar de não terem olhos vermelhos).

Reprodução: 
Se reproduzem com muita facilidade sem a interferência do homem. Normalmente a fêmea escolha o local da desova que pode ser uma toca ou uma pedra. Limpa o local fazendo um buraco no cascalho para proteger os filhotes. Quando o local é escolhido à fêmea atrai o macho e começa o ritual de reprodução. O macho faz uma espécie de dança para se exibir para a fêmea. A fêmea deposita os ovos que serão em seguida fecundados pelo macho. São depositados aproximadamente de 50 a 150 ovos.
Nesse momento a fêmea se coloca no ninho e fica abanando suas nadadeiras a fim de oxigenar os ovos, e evitar que os ovos sejam atacados por fungos. O macho fica logo a frente do ninho partindo para cima de qualquer coisa que se aproxime (inclusive a mão do aquarista).
Dentro de 3 dias os ovos eclodem, ao alevinos se alimentam do saco vitelino por aproximadamente 7 dias.
Após esse período os alevinos nada livremente no aquário e já podem ser retirados do aquário para um aquário só para eles.
Passado os 7 primeiros dias os alevinos podem ser alimentados com náuplios de artêmia, microvermes e ração própria para alevinos (pode também triturar a ração de peixes adultos até virar um pó).
Os alevinos chegam à fase adulta com aproximadamente 5 meses.


Uma observação interessante é que os pais não atacam suas crias, então se desejar pode deixar os filhotes junto com os pais no mesmo aquário sem problema.

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