sábado, 30 de abril de 2016

Guppy

Descrição
O peixe Guppy apesar de ter sido encontrado em zonas como Venezuela, Trinidad e Tobago, Brasil, etc., este foi recolocado noutros países para que pudesse combater as larvas de mosquito, uma forma eficaz para ajudar na luta contra a malária.
Actualmente pode-se encontrar o Guppy em todos os continentes excepto Antártica. Como são fáceis de reproduzir, dificilmente encontraremos Guppies numa loja de animais que tenham sido capturados.
Esta é daquelas espécies que muitos preferem ter como única espécie em aquário, não porque se dão mal com outras espécies, mas porque a sua beleza e a fácil reprodução faz com que muitos prefiram se tornar “especialistas” no peixe Guppy.
Esta espécie é relativamente pacífica e inclusive dão-se bem aquários comunitários. Mas os machos podem morder-se uns aos outros, pelo que o ideal é não misturar dois machos, e preferir um cardume de um macho e o resto fêmeas.
Como têm uma cauda grande, por algum motivo ficam atraídos por outras espécies com caudas igualmente grandes, e podem inclusive mordê-las também. Apesar da facilidade de reprodução, não é raro ver-se um Guppy a comer as suas próprias crias.
Resistente e muito colorido, o Guppy (ou barrigudinho para muitos) pode chegar aos 3 cm no caso dos machos e 6 cm no caso das fêmeas.
Aquário
A resistência característica do Guppy é uma grande qualidade para se viver em aquário. A presença de alguma vegetação é importante mas não essencial. Este deve dispor de pelo menos 40 cm de comprimento.
Num aquário que disponha de 30 litros, 3 ou 4 Guppies vivem na perfeição, mas sempre apenas com um só macho, já que eles têm tendência a morderem-se uns aos outros devido a questões reprodutivas.
Outra questão que se deve ter em conta no aquário é a multiplicação da espécie. A sua fácil reprodução poderá fazer com que rapidamente contemos com exemplares a mais, o que acabará por levar à morte de todos os peixes.
A água deve ser não só limpa como alcalina. Um pH por volta dos 7,2 é óptimo. Preferem também a água mais dura, com um DH de 12.
Dieta
Mais uma das espécies omnívoras, o Guppy pode comer quase tudo. As larvas de mosquito e drosófilas são alguns dos seus alimentos preferidos. Se for alimentado flocos, estes devem ser de base vegetal.
A sua preferência pelas larvas fez (e continua a fazer) com que os Guppy sejam utilizados para controlo de pragas.
Reprodução
Ovovivíparo, é necessária a interacção entre os dois géneros para que os ovos sejam fecundados. Ao contrário de muitas espécies, os ovos ficam alojados dentro da própria fêmea, mas não há qualquer influência da fêmea depois disso, apenas serve como portadora destes.
A reprodução pode ocorrer de 1 a 2 vezes por mês, e esta é bastante fácil para a espécie, pelo que sobrepovoar um aquário com Guppy é uma realidade não muito distante. Para além de ser necessário fazer-se um controlo no número de exemplares, é necessário também controlar a interacção do Guppy com as crias pois tem tendência para as comer depois de nascerem.
Para detectar uma fêmea grávida, é possível observar uma mancha castanha nas barbatanas anais. Para que toda a reprodução acontece, a água deve estar a uma temperatura entre os 26 e os 28ºC.
Para haver um controlo total, é extremamente recomendado que tudo isto aconteça em aquários de maternidade (para uso exclusivo de reprodução). Isto ajudará a não sobrepovoar o aquário principal como também permitirá impedir que os Guppies comam as suas crias após o seu nascimento.
Após o nascimento é comum ver-se as crias durante as primeiras semanas a esconderem-se dos pais pelo motivo que já referimos. Este instinto de sobrevivência é algo que já está incutido nas crias, mas após 4 semanas sensivelmente já podem estar seguros.
Uma característica bastante curiosa nas fêmeas é que podem armazenar o esperma dos machos para passarem pela fase de gestação umas três vezes. Isto faz com que seja comum elas engravidarem de novo mesmo não havendo machos presentes.

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